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A Evolução do Inglês: Old English e a Contemporaneidade

  • Vivian Renata Kida
  • Jun 21, 2024
  • 6 min read

evolução do inglês

TODO MUNDO fala Inglês...será mesmo?


Se você é adulto, provavelmente já escutou sobre a importância de saber inglês para se destacar no mercado de trabalho. Dos 193 países do mundo, em aproximadamente 118 você conseguiria se comunicar usando o inglês.


Entretanto, alguém te explicou o porquê do Inglês ser tão importante no mundo inteiro? Ou ainda: como ele se tornou tão relevante a ponto de se tornar uma língua global?


Hoje vou te contar algumas curiosidades da língua inglesa que nem são comentadas, e que com certeza vão te ajudar a entender melhor esse idioma na hora de estudá-lo.


De celtas à cristãos: a evolução do inglês por diferentes influencers


O Inglês que falamos hoje não é o mesmo de anos atrás.


Não se sabe exatamente quando o inglês arcaico (ou “Old English”, “Inglês Antigo”) surgiu, mas estima-se que tenha sido por volta dos anos 400, período em que tribos dos Anglo-Saxões ocuparam a Grã-Bretanha.


Antes da chegada desses povos, as pessoas daquela região falavam um idioma baseado no celta e outras línguas germânicas. Esse idioma primordial é chamado de Inglês Antigo.


O inglês antigo fazia parte das línguas germânicas, uma subfamília das línguas indo-europeias, mais especificamente ao grupo anglo-frisão. Ou seja, diferente do português, o inglês não se originou do latim, embora algumas palavras inglesas tenham raízes latinas por conta de um incidente anos após a chegada dos Anglo-Saxões.


O contato com o latim ocorreu pela relação com os romanos e pela conversão dos Anglo-Saxões ao Cristianismo, sendo um grande marco cultural e histórico para o Inglês Arcaico.


Além disso, a passagem dos escritos para o pergaminho permitiu o desenvolvimento de textos muito mais extensos e complexos do que os existentes até então, marcados em rochas e troncos. Até hoje, grande parte dos escritos em Inglês Antigo estão preservados sob o poder da Igreja Católica.


A gramática do Inglês Antigo era bem diferente do inglês que você estuda hoje. Se você acha que o problema são os verbos irregulares e o Perfect, imagina no tempo em que o inglês possuía:


  • Três gêneros para os substantivos e adjetivos, com sufixos e prefixos que indicavam se a palavra era feminina, masculina ou neutra;

  • Inflexões para substantivos, pronomes e adjetivos;

  • Regência dos substantivos e adjetivos por quatro casos: nominativo, acusativo, genitivo e dativo;

  • Combinações de letras e diacríticos (aquelas marquinhas nas letras, como os acentos e a cedilha, que mudam o som da palavra) diferentes dos atuais;

  • Grande proporção de verbos irregulares.


O verbo “help”, por exemplo, era conjugado da seguinte maneira:

Present infinitive: “helpan”;

Past singular: “healp”;

Past plural: “hulpon”;

Past participle: “holpen”.


Você sabe como esse verbo é conjugado hoje em dia, né?

Mas eu te faço um lembrete:

Present Infinitive: "help"; Past: "helped"; Past Participle: "helped".


Sorte a nossa que o idioma foi simplificado!


Apesar desse contato com o latim, poucas palavras do vocabulário inglês derivaram dele; a influência do francês foi muito mais proeminente para a evolução da língua.


Isso só foi possível por conta daqueles cujo nome causava tremor nos inimigos; cujos cabelos de tons ruivos ou louros, adornados por longas tranças, são evocados no imaginário popular; um povo conhecido pela sua agressividade e domínio sobre os mares...ou até mesmo do céu, por conta de um Fúria-da-Noite: os temíveis vikings.


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Bárbaros sim, mas influentes!


A invasão dos escandinavos e nórdicos ao território Britânico exerceu grandes impactos na evolução do inglês, tanto em relação às palavras como na estrutura gramatical.


A Conquista Normanda e sua fixação no território germânico foi um marco importante para a transformação do Inglês Antigo; o rei normando instituiu seu idioma e cultura como os oficiais da nobreza. Ainda, com o avanço da civilização, muitas palavras e dialetos nórdicos (descendentes do francês) foram adotados no cotidiano da sociedade medieval.


Assim, a fusão do inglês antigo com o francês normando gerou o inglês médio (Middle English).


Tendo influência de línguas e culturas germânicas, nórdicas, escandinavas, do latim e francês, fica mais fácil entender por que a pronúncia das palavras inglesas não seguem um padrão fonético.


Nem sempre conseguimos adivinhar como uma palavra é pronunciada apenas pela maneira que é escrita, pois a fonética dependerá de sua origem. Ainda, com quase 170.000 palavras abarcando o vocabulário da língua inglesa, não tem como decorar a pronúncia de todas elas!


Para contornar esse problema, ressaltamos a importância de incluir o IPA no seu cronograma de estudos. O alfabeto fonético é uma mão-na-roda para aprender pronúncia, principalmente quando não há o apoio de uma mídia sonora para te auxiliar.


Além dessas influências de diferentes culturas, outra figura famosa contribuiu para a evolução do inglês para o que ele é hoje: ser ou não ser, eis o nosso Shakespeare.


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Expandindo as artes e seu território


Na Renascença, importante período para os movimentos literários e artísticos, o inglês passou por outra transformação. Desta vez, novas palavras foram introduzidas ao vocabulário da nação por ninguém menos que William Shakespeare.


Shakespeare inventou mais de 1700 palavras através de combinações que ninguém nunca tinha ousado antes,  transformando substantivos em verbos, verbos em adjetivos, etc.


Alguns exemplos de palavras criadas por Shakespeare são lonely, fashionable e excitement.

Mas Shakespeare foi o responsável pela difusão do inglês? Como a língua inglesa se difundiu pelo mundo?


Nas aulas de história, você deve se lembrar que a Inglaterra era uma das principais potências comerciais e marítimas. Durante a Revolução Industrial, muitos produtos britânicos foram exportados pelo mundo, carregando com eles a língua inglesa – não muito diferente de quando você importa um produto na Internet.


Mais do que apenas a questão mercantil, as grandes navegações realizadas pelos britânicos levaram seu idioma para outros países do mundo, disseminando não apenas a língua inglesa mas também sua cultura, principalmente por meio da extensa colonização que a Inglaterra realizou em seus tempos expansionistas.


O oposto também ocorria: o contato com os colonos influenciou o inglês mais uma vez, originando palavras oriundas dos países americanos e africanos.


E a história parou por aí?


Claro que não...até hoje o inglês continua dominando o mundo, mas não por conta da Inglaterra, e sim, pelo país que já esteve sob seu domínio, mas hoje assume o título de a maior potência mundial: os Estados Unidos.


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De oprimido à opressor: a soberania norte-americana


Atualmente, a liderança da economia mundial está nas mãos dos EUA – e quem manda, dita as regras.


Muitas das negociações internacionais e diplomáticas são realizadas em seu idioma, assim como grande parte das publicações científicas, abrangendo diversas áreas como a educação, negócios e pautas internacionais de saúde.


O inglês é a língua oficial de 67 países e mais de 118 têm esse idioma como segunda língua. Com aproximadamente 2 bilhões de falantes de inglês no mundo, é compreensível o motivo do inglês ser tão importante em nossa comunicação, não apenas nos negócios mas também ao planejar aquela viagem bem merecida após um ano de trabalho.


A perpetuação do inglês não ocorre mais por conta de disputas territoriais, e sim por meios “passivo-agressivos”, como a intensa indústria do entretenimento nos bombardeando de conteúdos em catálogos infinitos.


Os produtos midiáticos de maior impacto, como músicas, filmes e séries, por muito tempo eram predominantemente norte-americanos. Quem lembra, anos atrás, o poder de Hollywood sobre nossas aspirações juvenis? Ou até mesmo o sonho de trabalhar e morar nos EUA, guiado pelo estilo de vida americano vendido nos filmes?


Hoje, esse sonho “hollywoodiano” não está tão forte, mas a presença da indústria americana continua em nosso dia-a-dia através de empresas como a Netflix, Amazon e a Meta (vulgo Facebook e Instagram).


No campo profissional, a língua inglesa permite que você converse e negocie com pessoas de diferentes países, fechando acordos comerciais internacionais. Além disso, ainda importamos muita tecnologia do exterior, e as informações a respeito desses produtos sempre vêm em inglês.


Uma característica que faz do inglês um idioma global é a facilidade em aprendê-lo. Sua gramática é mais fácil de ser compreendida do que a de outros idiomas, como o mandarim e até o nosso português.


Se você considera o inglês um idioma difícil de estudar, talvez precise rever o método que está utilizando para aprender. Está estudando sozinho ou com um professor? Quais seus objetivos? Como se organiza?


Um método e objetivos adequados são a chave para o progresso dos seus estudos, principalmente se estuda sozinho. Caso sinta muita dificuldade, recomendados que realize uma consultoria de estudos, para identificar possíveis falhas na sua organização e encontrar uma solução mais adequada ao seu ritmo de aprendizado e estilo de vida.


Lembre-se: inglês é uma ferramenta para te trazer soluções, e não problemas!


evolução do inglês

A tradição de não se manter o mesmo


Ainda hoje, os idiomas são constantemente influenciados por questões culturais, políticas e econômicas que respingam na esfera cotidiana da sociedade. Importamos muitas culturas estrangeiras e as mesclamos com as nossas, e isso ocorre cada vez mais rápido por conta da Internet.


Por ora, o inglês mantém sua hegemonia sobre o mundo, e aprendê-lo é sinônimo de benefícios e liberdade cultural; não só para conquistar seu espaço num mundo tão competitivo, mas também para se comunicar com pessoas de outros lugares do mundo.


Você já sabia dessas curiosidades da língua inglesa?


Conta para gente aqui nos comentários se faz sentido para você aprender inglês nos dias de hoje!


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